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Preconceito arraigado

Preconceito arraigado

As pessoas que assim pensam cometem vários erros do ponto de vista médico e outros tantos do ponto de vista evangélico. Elas assim agem por interpretarem os sintomas dessa doença como puramente emocionais ou como folhas de caráter. Desconhecem os mistérios da mente em sua interação complexa envolvendo o universo biológico, emocional e espiritual. O religioso precipitado julga o doente ignorando o verdadeiro mecanismo da sua doença, que é expressão de anomalia física e não de anomalia de caráter. Assim como o diabetes traduz a falta de insulina, a depressão reflete déficit de neuro-hormônios no cérebro. Existe, logicamente, um intricado emaranhamento entre questões emocionais e o curso mais ou menos favorável dessa condição, como em qualquer outra situação de desequilíbrio orgânico. Portanto, “nada julgueis antes do tempo, até que venha o senhor, o qual não só trará á luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o seu louvor” 1 Coríntios 4:5. É interessante como a humanidade repete, incansavelmente, os mesmos erros de seu passado. Os hansenianos contemporâneos de Jesus eram tidos como malditos e pescadores, como vitimas do castigo divino. Sob o prisma da medicina, sabemos que humor é uma função da mente regulada por neuro-hormonios. A pessoa com distúrbio do humor não está triste ou alegre. Ela está deprimida ou eufórica. Em medicina não são sinônimos; podemos ter uma pessoa em euforia e triste. A tristeza é um sentimento em reação a um fato exterior. A depressão não depende de causa externa. Daí o termo depressão endógena. Alisson Santos pela fonte da Dra. Giselle Fachetti Machado